Bolsonaro quer garantir foro privilegiado a Pazuello antes de nomear novo ministro.

Sete dias após o anúncio de sua chegada ao governo, o cardiologista Marcelo Queiroga ainda não teve seu nome publicado no Diário Oficial da União como novo ministro da Saúde. Uma situação, no mínimo, inusitada, que ocorre na semana com maior número de mortes por covid-19 no Brasil desde o início da pandemia.

A nomeação de Queiroga ainda não saiu porque o governo busca um cargo para garantir ao general Eduardo Pazuello a prerrogativa de ser julgado apenas no Supremo Tribunal Federal. O temor do governo, ainda segundo esses interlocutores, é que, perdendo o privilégio de foro, Pazuello se fragilize juridicamente e possa até ser preso pelos atos temerários ou mesmo ilegais que cometeu como ministro da Saúde.

Bolsonaro chegou a cogitar de colocar o general como ministro do Meio Ambiente, mas a ideia foi descartada. Uma das possibilidades em análise é a recriação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio para abrigá-lo. Mas, até o fim dessa sexta-feira (19), ainda não havia uma decisão sobre o assunto. Como forma de agradecimento, o presidente também gostaria de elevar Pazuello ao posto de general de quatro estrelas. Hoje ele tem três. A medida, no entanto, enfrenta resistência dentro do Alto Comando do Exército por envolver mudanças em regras vigentes.

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