Carrefour tem 72h para anunciar medidas contra qualquer discriminação

Entre as ações, prevê fundo de R$25 milhões para combater o racismo

O Procon de São Paulo notificou o hipermercado Carrefour para que ele explique quais os critérios ao contratar empresas de segurança e como é feito o treinamento. A notificação ocorre após a morte de João Alberto Silveira Freitas em uma unidade do Carrefour em Porto, Alegre Rio Grande do Sul, após ser agredido por dois seguranças do hipermercado.

Em São Paulo, o Carrefour também acumula episódios de violência racial: em 2009, no estacionamento de uma loja em Osasco, na grande São Paulo, um cliente do hipermercado foi agredido por funcionários do Carrefour acusado de roubar o próprio carro. 

Em 2018, em unidade de São Bernardo do Campo, também na grande São Paulo, um homem sofreu violência física de representantes da empresa, ficando, inclusive, com sequelas. Nos três episódios, as vítimas eram negras.

O Procon lembrou ainda do caso de maus tratos a animais, ocorrido em 2018, também em uma unidade de Osasco, quando uma cadela morreu após ser espancada e envenenada por funcionários do hipermercado Carrefour.

O diretor do Procon de São Paulo, Fernando Capez, explicou que a atuação do órgão foi para evitar que novas tragédias aconteçam. O diretor do Procon acrescentou ainda que o grupo Carrefour já entrou em contato com o Procon e pediu mais 72 horas de prazo para apresentar as medidas que serão adotadas.

Em nota, o grupo Carrefour anunciou nesta terça-feira (24) um fundo de R$25 milhões para projetos que combatam o racismo. Nesta quarta (25), devem ser divulgados os compromissos e o plano de ação do trabalho, que nortearão este fundo.

A empresa informa ainda que vem se reunindo com entidades representativas da causa e com especialistas que atuam nesta frente, visando compreender sobre como atuar de forma concreta na luta contra todo e qualquer tipo de discriminação.

Fonte: AgenciaNacional

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